Zac ficou ali
parado onde estava, parecia uma estátua, nem o vento o abanava; ele apenas não
conseguia acreditar no que estava á sua frente, ela não tinha morrido? Ele
piscou os olhos varias vezes acreditado que aquilo seria apenas uma miragem,
mas porque a veria, precisamente naquele momento. Aos pouco viu que ela se
aproximava dele, numa curta corrida, e quando estava bem próximo o abraçou. Os
braços de Zac não se mexeram, não tinham como, ele apenas sentia que ela o
abraçava, e teve a certeza que ela ali estava.
Amanda: Zac. –
Sorriu fazendo-lhe uma pequena festa na face, separou se do abraço.
Zac: Tu…mas
como? – Perguntou, com uma cara bastante
confusa, tão confusa que a sua cabeça começou a doer, ele apenas não
compreendia.
Amanda: Vamos
para casa, eu lá irei-te explicar tudo. – Disse pegando na mão dele tentou
puxar, mas ele não se mexeu, não deu um passo sequer em frente, nem pretendia,
aquilo era tudo demasiado estranho, muito estranho. – Que foi?
Zac: Eu não
posso ir contigo. – Retirou a sua mão da dela, mostrado, uma cara de serio,
algo que nunca tinha feito perante aquela mulher.
Amanda: Do que é
que tu estás a falar…eu estou aqui, á tua frente, e tu não queres vir comigo? –
Mostrou se ofendida, pela atitude dele.
Zac: Desculpa,
isto tudo é muito confuso mesmo muito confuso….
Amanda: Eu irei
explicar-te tudo. –Aproximou-se, mais uma vez tocado no peito dele, tentou o
beijar, mas ele virou o rosto.
Zac: Sim, tens
imensas coisas a explicar me, mas vai ter que ficar para outra altura, estou
ocupado de momento. – Afastou o pequeno e leve corpo dela do dele, e deu-lhe de
costas, como se nada tivesse acontecido, como se a esposa que foi dada como
morta não tivesse aparecido, e continuou o caminho, teria muito tempo para
resolver aquela questão.
Amanda: É a tal
de Vanessa não é? – Perguntou no grito como se sofresse de desgosto, Zac parou
e a olhou.
Zac: Como é que
tu….
Amanda: Sabes,
podes ir atrás dela, mas iras te arrepender. – Afirmou cruzando os braços e
virando a cara para lado algum, era sempre a mesma atitude que ela tinha aquela
que fazia quando acreditava ter toda a razão, aquela que dava a Zac como grande
burro e ignorante.
Zac: Do que é
que estás para ai a falar? – Aproximou se, assustado, ela costumava ter sempre
razão…ou era ele que lha dava?
Amanda: Essa tal
de Vanessa, esteve contigo apenas para te roubar, o projeto do robô. – Olhou
nos olhos dele, Zac riu, irónico.
Zac: O quê? –
Perguntou com um sorriso, pensou que ela apenas estivesse a gozar com ele,
afinal porque acreditaria nela.
Amanda: Vem
comigo, e eu explico-te tudo. – Pediu mais uma vez, Zac assoprou exausto, e
pensou no que fazer, para resolver tudo numa só vez.
Zac: Não, vem tu
comigo. – Ordenou pegando a pelo braço de uma maneira um pouco agressiva a
puxou. Amanda estremeceu de medo com o toque nunca tinha conhecido aquele Zac
tão determinado, que pensava por ele próprio, e aquilo poderia ser um problema
para ela. Mas ela acreditava conseguir ainda lhe dar a volta, afinal é ele o
tonto, ela a manhosa.
Em, menos de
nada Zac viu finalmente o celeiro que demorou horas a procurar, lá dentro o
primo de Charlie, que depois de ler a carta, não pensou duas vezes. Mandou subir
para a avioneta, e subiram aos ares rápido.
Amanda: Para
onde é que estamos a ir Zac? – Olhou para a paisagem em baixo, e depois para
Zac que estava encostado, de braços cruzados.
Zac: Nova
Iorque, vamos até Vanessa. – Disse não tirando os olhos, que estavam apenas
direcionados para a frente.
Amanda: Para
que? – Encostou-se virando apenas a cabeça para ele, com um sorriso meio
amarelo.
Zac: Porque não
acredito no que me disseste antes…- Olhou a finalmente, sorrido da mesma
maneira amarela. - Mas agora diz me o que te aconteceu? - Amanda sentiu que
aquela pergunta tinha soado como uma obrigação de dizer imediatamente tudo.
Amanda: Não é a
melhor altura. – Olhou para o piloto que estava nem ai para a conversa deles,
para mais não os ouvia.
Zac: Não haverá
outras alturas, conta-me. – Ordenou mais uma vez. Para Amanda ele estava
demasiado mandão mesmo.
Amanda: Como
sabes bati com a cabeça, e tive problemas graves no hospital, fiquei em coma
por uns dias, uma semana. – Disse de uma vez.
Zac: Porque não
voltas te, depois? – Ele olhava como se não acreditasse em nada do que ela
disse-se.
Amanda: Porque
me tinha dado como morta, por troca de cadáveres no hospital, os meus pais só
descobriram dias depois. – Olhou para a paisagem, de novo, Zac olhava para ela,
o seu coração bateu rápido que ele não percebeu.
Zac: Porque não
me contaste te isso antes? – Seus olhos mudaram, estava mais serenos.
Amanda: Porque
não sabia como, porque á mais. – Disse levando a mão ao ventre, ele levaram um
susto.
Zac: Como assim,
mais? – Olhou para a mão dela, e para o seu sorriso encantado.
Amanda: Não
notas que estou mais gorda, a minha barriga muito maior? – O corpo de Zac
sobreaqueceu, de nervos e susto.
Zac: Tu…
Amanda: Estou á
espera de um filho teu. – Pegou na mão dele levando a á sua barriga. – Vais ser
pai. – Zac, engoli-o a seco, com a notícia.
Zac: Quantos
meses? – Retirou a mão do ventre dela.
Amanda: Cinco. –
Sorriu, Zac não disse mais nada, apenas esperou que a viajem terminasse.
Zac: Entra. –
Pediu agora, Amanda entrou no táxi sendo seguida por Zac. – Vamos a uma loja,
comprar uma muda de roupa, estou cheio de comichão. – Admitiu, de facto a sua
roupa não cheirava muito bem, pararam na loja e compraram o que precisavam,
depois dirigiram-se para um hotel.
Amanda: Quanto
tempo, vamos aqui ficar? – Perguntou quando se deu por sim a entrar no hotel.
Zac: Está noite,
amanhã os aeroportos, deverão já estar abertos…boa tarde. – Disse para a
recepcionista que estava atrás do balcão.
Recepcionista:
Boa tarde. – Sorriu como era habitual.
Zac: Preciso de
dois quartos, de solteiro. – Amanda escancarou os olhos ao perceber que eles
não dormiriam no mesmo quarto. – Para, está noite.
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Muito obrigada
pelos comentários, como podem ver esta Amanda é serio de Carne e Osso.